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Qual o caminho para a redução das desigualdades?

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Imagem da Internet As relações sociais no Brasil e as instituições, como em grande parte do mundo, com suas peculiaridades, são infestadas de racismo, preconceitos e discriminações. As políticas afirmativas têm permitido que negros, pessoas de baixa renda e deficientes tenham mais condições de usufruir dos direitos previstos na Constituição, mas não apenas estão longe de resolver o problema, como também sofrem ataques, seja pela ignorância, seja pelo próprio racismo que norteia a visão sobre as coisas, de maneira que estão sempre em risco de deslegitimação.  Além do racismo há o preconceito e a desigualdade de gênero, que coloca a mulher sempre nas baixas escalas da hierarquia social. Combinando de maneira abjeta racismo e machismo, a mulher negra é colocada no último ponto desta escala.  Essa hierarquização acontece de maneira global desde o processo de colonização que abre as portas da modernidade, racializando os grupos étnicos de maneira que não ocorria até a “descoberta” d

A imagem do indígena ontem e hoje

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Imagem da internet -  Katu Mirim A imagem do índio no Brasil foi construída de maneira difusa e eurocêntrica e vem sendo assim reproduzida na ciência e na educação escolar até os dias atuais. Mesmo com a Lei 11.645, de 2008, que altera a LDB 9394/96 e torna obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira e indígena nas escolas, a visão sobre estes grupos continua cheia de estereótipos e preconceitos, resultando em políticas públicas pouco eficientes e relações sociais insalubres. De acordo com o trabalho da antropóloga Manuela Carneiro da Cunha, a imagem do índio no século XVI, visível através das primeiras cartas da colônia para a metrópole e das reflexões suscitadas à época, evidencia o imaginário dos colonizadores, que apontavam para um “paraíso terreno”, “fonte da juventude”, “tesouros”, “mitos de origem medieval e clássica”. Na Carta de Pero Vaz de Caminho, de 1500, ressalta a ideia de nudez associada à de inocência, já Americo Vespucci tem uma visão menos gen

Sapiens: Uma breve história da humanidade – Yuval Noah Harari

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imagem da internet Introdução O livro de Yuval Noah Harari, Sapiens , conta de que maneira nossa espécie foi transformada por três Revoluções, determinantes no excepcional percurso da história humana: as Revoluções Cognitiva, Agrícola e Científica. Inseparáveis de toda esta história, as consequências para o planeta e para a própria raça humana têm seu lugar de destaque na narrativa, levando a uma reflexão final sobre os caminhos que levam ao futuro. Os humanos (todas as espécies do gênero Homo – sapiens, erectus, neandertais, etc.) surgiram há cerca de 2,5 milhões de anos na África Oriental. Por volta de 2 milhões de anos, os sapiens deixaram seu lar e se aventuraram rumo a outros territórios. Apesar de nossas ideias equivocadas sobre algum tipo de linha de descendência, há cerca de 50 mil anos diversas espécies do gênero Homo viveram ao mesmo tempo e sem que houvesse grande vantagem de umas sobre as outras; compartilhavam o mesmo ambiente, mas tendo características já mu